O silêncio (conclusão)
Depois da loiça lavada e de tudo arrumado, Joana passeou pela casa, utilizando as portas, as luzes, os quartos. O silêncio pairava na sua casa, desenhando paredes, mesas, emoldurando as fotografias, esculpindo os volumes, recortando as linhas tornando maiores os espaços, tudo era de plástico e vibrava.
O muro, a porta e o espelho apareciam mostrando a sua beleza e sossego. Tocando no vidro, na cal, madeira situando-se naquele lugar há muito tempo.
O silêncio era enorme como nunca dantes se encontrava, tocando na parede, a Joana respirou suavemente na paz nocturna, procurando a sua liberdade. Depois de atravessar a casa, debruça-se na janela vendo as estrelas que estabeleciam aliança entre si.
Passado algum tempo, um grito surge do outro lado da casa, era um grito feminino que consoante ia passando o tempo ia ficando cada vezes mais rouco, mas pouco tempo depois voltou a ficar forte.
O grito era de uma mulher desesperada, que passado pouco tempo desapareceu voltando o silêncio. Joana atravessou a casa como se nunca estivesse lá estado.
Serenela e Marli
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home